Desde o primeiro momento que me foi feito o convite para trabalhar aqui no blog, pensei (e continuo pensando/tentando) numa forma do tempo. Sim, forma. Duas me vieram imediatamente à cabeça (fotografia e vídeo) por manter um enorme interesse.
Em ambas as disciplinas, o tempo é um fator decisivo para obter qualquer resultado que seja. Giram-se as principais varáveis em torno dele. Queria enxergar as maneiras que poderia “segurar” o tempo, ou melhor que poderiam me deixar assumir o controle, já que no meu campo de estudos acadêmicos (Design), o tempo parece se transformar tão somente na forma monetária. Difícil. Por mais que fotografar me ocupe muito, adotei o vídeo aqui para tentar repensar na fotografia. Essa coisa da câmera nonstop me fascina, são tantas fotografias por segundo, tantas imagens que não vemos. Resolvi então fotografar com o vídeo, me ocupar mais ainda.
A primeira (rápida e eficiente) maneira que tive para segurar o tempo, era a de transformar esses vídeos em uma narrativa. Queria tambem usá-lo de forma literária, como se a câmera fosse uma extensão dos meus pensamentos. A segunda era situá-lo nas 3 fases passado/presente/futuro e nelas estabelecer, como que uma opinião, um significado pessoal acerca das maneiras em que ele me é apresentado.
“Passado”
Um estado inalcançavel sem o uso da memória, fechado em si mesmo. Um momento embrionário de qualquer outro próximo.
“Nostálgico” (acima), literalmente “brinca” com as memórias , ele somente pensa no passado, em quando a questão da sexualidade me ocupava e apenas ouvia vozes a respeito sem nada me dizer.
E o futuro ainda me é incerto…