“Noite branca” refere-se a um fenômeno comum na Europa, quando o sol se põe e permanece um pouco abaixo da linha do horizonte, deixando a noite clara, causando uma atmosfera onírica.
Noites Brancas, um conto de Fiódor Dostoievski, é sem dúvida um clássico da literatura universal. Em um verão de São Petersburgo, o protagonista ainda jovem, sonhador e solitário, encontra uma jovem mulher aos prantos na ponte sobre o rio Niéva. Ao longo das quatro noites seguintes, ele se apaixona pela moça, Nástienka, e conhece sua inusitada história: ela vive presa por um alfinete à saia da avó cega. Quando um novo inquilino chega à sua casa, Nástienka vê a possibilidade de escapar da solidão. Mas o misterioso homem vai embora prometendo voltar depois de um ano para se casar com ela. Quando o protagonista vê Nástienka pela primeira vez, estamos exatamente no dia marcado para o reencontro.
Fruto de um processo composto por várias etapas, pontuado por cinco residências voltadas para o conto: três delas na Cia dos Atores, uma no Atelier de Preparação de Atores, em Angra do Reis, e uma no Centro de Reciclagem de Atores, no Rio de Janeiro, e após uma temporada no Espaço Sesc Copacabana, a partir do primeiro capítulo com o título Primeira Noite: Não se apaixone por mim, no TEMPO_FESTIVAL 2012, enfim, a versão integral de Noites Brancas.
Thierry Trémouroux é ator e diretor belga radicado no Brasil. Trabalhou durante 15 anos na França ao lado de artistas como Jean-Claude Carrière e Yoshi Oïda. No Brasil, ajudou a fundar o grupo l’acte – Atos da Criação Teatral – realizando grandes parcerias com artistas do teatro contemporâneo da Europa. Com o grupo l’acte, dirigiu durante dois anos o Teatro Aliança Francesa de Botafogo, no Rio de Janeiro. Foi membro do Laboratório do Ator, da FUNARTE, ministrando oficinas de formação para atores e dramaturgos.