“A lei do caminhante” (“La loi du marcheur”) tem como ponto de partida o universo de um dos críticos mais influentes do cinema: o francês Serge Daney. O mote do espetáculo é o documentário de Pierre-André Boutang e Dominique Rabourdin, realizado em 1992. Nele, Daney, com 47 anos e sofrendo de AIDS, é entrevistado por Regis Debray, reconstituindo os passos de sua vida com e para o cinema. A encenação é construída a partir da transcrição exata das entrevistas. Incorporando Daney sem representá-lo, Nicolas Bouchaud conta a história desse menino pobre que descobriu o cinema aos sete anos e fez dele seu percurso e sua existência.
Considerado um dos melhores atores de sua geração, Nicolas Bouchaud é filho do diretor Jean Bouchaud e da atriz Danielle Girard. Formado em teatro no Studio 34, o ator cria personagens contraditórios. Bouchaud já trabalhou com expoentes do teatro contemporâneo francês, como Yann-Joël Collin, Claudine Hunault, Bernard Sobel e Jean-François Sivadier.