Quem freqüentava o riocenacontemporanea ou compareceu ao Primeiro Tempo do TEMPO_FESTIVAL sabe muito bem quem é Alessandra Colasanti, que dirigiu Michel Melamed na Trilogia Brasileira. E muito provavelmente já esbarrou com a Bailarina de Vermelho, o alter ego da artista, que saiu do espetáculo Anticlássico (uma brilhante comédia sobre a massa intelectual brasileira) e fez sua despedida temporária com um bloco de bailarinas no carnaval.
A história da Bailarina é melhor definida pelo próprio projeto: “Ao que tudo indica a Bailarina de Vermelho foi uma dançarina de uma das telas de Dégas que um dia abandonou o quadro e ganhou o mundo. A Bailarina de Vermelho se apresenta como figura chave dos movimentos de vanguarda, um misto de acadêmica e doidivanas nonsense: insólita, libertina, carismática, francesa, brasileira, russa, tradutora, boêmia, pavão, professora, filósofa, ensaísta, prima ballerina do Ballet Imperial de Moscou,diva de filmes de Hollywood, tradutora oficial de Stanislavski na América , uma das fundadoras da escola de Frankfurt, musa de Duchamp, – o Urinol foi uma idéia dela – amante de Picasso, Elvis, John Cage, Van Gogh, entre muitas outras coisas. Uma personagem alegórica que através do humor crítico tematiza os impasses filosóficos e estéticos do nosso tempo, dos primórdios do modernismo à atual, e controversa, pós-modernidade.”
O título do último trabalho deste alterego é nada menos que a “A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho”, vencedor do prêmio Rumos Itaú Cultural Cinema e Vídeo 2009, que está sendo rodado as-we-speak em duas fortes capitais culturais do mundo: Nova Iorque e Paris. O parceiro oficial da dançarina é Samir Abujamra – que é “toda” a equipe por trás das câmeras – e juntos eles criam também um diário de bordo via Facebook que promete alterar nossa perpectiva dos museus e obras clássicas – já tem alguns vídeos no Louvre – com comentários de um humor delicioso. Nossa dica? Siga a Bailarina pelo blog, Facebook e Twitter enquanto o filme não sai!