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OS TEMPOS DE FERNANDO EIRAS

TEMPOS distintos, variados, memorizados, compartilhados, exibidos, interpretados, expressados, perdidos. Tudo isso na trajetória artística de Fernando Eiras, ator brasileiro cuja experiência nos palcos é marcada pela diversidade: no Tablado de Maria Clara Machado e com Klauss e Angel Vianna, encontra-se com as artes cênicas pela primeira vez, na década de setenta. Águas passaram e o ator participou de espetáculos surpreendentes, como O Santo Inquérito, de Dias Gomes, montagem dirigida por Flávio Rangel, Village, de Ira Evans, musical americano dirigido por Wolf Maya, A Flor do Milênio, de Denise Emmer e Sérgio Fonta, com direção de Rubens Correa, Mahagonny, de Bertolt Brecht, dirigida por Luís Antônio Martinez Corrêa, em 1986, Ensaio nº 4 – Os Possessos, prestigiada adaptação do romance de Dostoïevski sob direção de Bia Lessa.
Em 1991, atuou em Uma Estória de Borboletas, texto de Caio Fernando Abreu Sob a direção de Gilberto Gawronski. Dois musicais marcam a década e aproveitam sua vocação para o canto: Nada Além de uma Ilusão, em 1993, dirigido por Luiz Arthur Nunes, em que faz o papel de Custódio Mesquita, e Pixinguinha, em 1994, de Fátima Valença, com direção de Amir Haddad.
Duas encenações capitaneadas por Enrique Diaz são relevantes momentos na carreira: As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, em 1999, espetáculo bem recebido pelo público, e Ensaio.Hamlet, criação de 2004 da Companhia dos Atores baseada em Shakespeare. O ator é indicado duas vezes ao Prêmio Shell – por Noite Feliz, em 1995, texto e direção de Flávio Marinho, e por Fausto, em 2003, obra de Goethe dirigida por Moacir Chaves em que faz o papel de Mefisto. Recebe o Prêmio Qualidade Brasil em 2004 por Ensaio.Hamlet.
Fernando Eiras atua também em telenovelas e tem uma respeitável e premiada carreira no cinema, em que se destacam produções do diretor Júlio Bressane, como Dias de Nietzsche em Turim, 2001, e Filme de Amor, 2003.
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Tempos distintos, variados, memorizados, compartilhados, exibidos, interpretados, expressados, perdidos. Tudo isso na trajetória artística de Fernando Eiras, ator brasileiro cuja experiência nos palcos é marcada pela diversidade: no Tablado de Maria Clara Machado e com Klauss e Angel Vianna, encontra-se com as artes cênicas pela primeira vez, na década de setenta. Águas passaram e o ator participou de espetáculos surpreendentes, como O Santo Inquérito, de Dias Gomes, montagem dirigida por Flávio Rangel, Village, de Ira Evans, musical americano dirigido por Wolf Maya, A Flor do Milênio, de Denise Emmer e Sérgio Fonta, com direção de Rubens Correa, Mahagonny, de Bertolt Brecht, dirigida por Luís Antônio Martinez Corrêa, em 1986, Ensaio nº 4 – Os Possessos, prestigiada adaptação do romance de Dostoïevski sob direção de Bia Lessa.

Em 1991, atuou em Uma Estória de Borboletas, texto de Caio Fernando Abreu Sob a direção de Gilberto Gawronski. Dois musicais marcam a década e aproveitam sua vocação para o canto: Nada Além de uma Ilusão, em 1993, dirigido por Luiz Arthur Nunes, em que faz o papel de Custódio Mesquita, e Pixinguinha, em 1994, de Fátima Valença, com direção de Amir Haddad.

Duas encenações capitaneadas por Enrique Diaz são relevantes momentos na carreira: As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, em 1999, espetáculo bem recebido pelo público, e Ensaio.Hamlet, criação de 2004 da Companhia dos Atores baseada em Shakespeare. O ator é indicado quatro vezes ao Prêmio Shell – por Noite Feliz, em 1995, texto e direção de Flávio Marinho, por Fausto, em 2003, obra de Goethe dirigida por Moacir Chaves em que faz o papel de Mefisto, por Noviça Rebelde, em 2008, direção de Charles Moeller e Claudio Botelho, e por In On It, direção de Enrique Diaz, em 2009. Recebe o Prêmio Qualidade Brasil em 2004 por Ensaio.Hamlet.

Fernando Eiras atua também em telenovelas e tem uma respeitável e premiada carreira no cinema, em que se destacam produções do diretor Júlio Bressane, como Dias de Nietzsche em Turim, 2001, e Filme de Amor, 2003.

Para conversar com Fernando Eiras, participarão da mesa os amigos e parceiros de trabalho Julia Lemmertz, Tânia Carvalho, Emílio de Mello e Gustavo Acioli.

A atriz Julia Lemmertz praticamente nasceu nos palcos. Filha dos atores Lineu Dias e Lílian Lemmertz, ela fez seu primeiro filme em 1968, As Amorosas, de Walter Hugo Khouri, com apenas cinco anos de idade. Em seguida, vieram novos convites para a telona e não foi difícil surgirem os primeiros papéis na televisão e no teatro. Estreou na TV, em 1981, na telenovela da Bandeirantes Os Adolescentes. No teatro, sua estreia foi na peça Lição de Anatomia, de 1982. Seguiram-se várias outras, até 1993, quanto atuou em Hamlet, de José Carlos Martinez Correa. No cinema, podemos destacar: A Hora Mágica, de Guilherme de Almeida Prado, Jenipapo, de Monique Gardemberg, e As Três Marias, de Aluizio Abranches. Em 2005, participou do grande sucesso do horário das seis da TV Globo, Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco, e esteve em cartaz com a peça Molly Sweeney – Rastro de Luz. Em 2009, esteve na série de TV Tudo Novo de Novo, como protagonista e no papel título do clássico de Schiller, Maria Stuart, com Clarice Niskier como Elizabeth, sob a direção de Antonio Gilberto.

A jornalista carioca Tania Carvalho começou a sua vida profissional na revista Manchete. Em 1974 ganhou o Prêmio Rondon de Jornalismo por uma reportagem realizada na Amazônia com jovens estudantes cariocas desenvolvendo trabalho voluntário na região. Nestes quase 40 anos de profissão passou por diversas publicações: Última Hora, Revista do Rock, Mais, Cláudia, Criativa, Desfile. Durante 14 anos trabalhou na Rede Globo, na Central Globo de Comunicação. Em 2002, publicou o livro Nas Asas do Correio Aéreo e, em 2003, lançou Irene Ravache – Caçadora de Emoções, primeiro livro da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Depois disso, já escreveu e lançou mais dez títulos para a mesma coleção, dentre eles, as biografias de  Tony Ramos, Betty Faria, Rosamaria Murtinho, Carlos Zara, Ney Latorraca, Aracy Balabanian, entre outros, sendo o mais recente Tônia Carrero – Movida Pela Paixão.

O ator Emílio Mello é formado pela EAD/SP e a ECA, da USP. Divide o palco atualmente com Fernando Eiras na aclamada peça In on it, de Daniel Maclvor. Fez com Mauro Rasi as peças A estrela do lar, Viagem a Forli e Pérola. Atuou em Antígona, de Sófocles, direção de Moacyr Góes, As três irmãs, de Anton Tchekhov, com direção de Bia Lessa, O avarento, de Moliére, com direção de Amir Haddad, Credores, de August Strindberg, com direção de Antonio Gilberto, e Ensaio.Hamlet, inspirado na obra de William Shakespeare, sob a direção de Enrique Diaz. Fez ainda A prova sob a direção de Aderbal Freire-Filho, K2 – Dois homens e uma montanha, sob a direção de Celso Nunes, e Baque (2005), com direção de Monique Gardenberg. Fez estágios com Arianne Mnouchkine, Ushio Amagatsu, Yoshi Oida e Anatoli Vassiliev. No cinema atuou em vários longas, como Veja esta canção, Villa-Lobos – Uma vida de paixão, Amores possíveis e Cazuza, entre outros. Recebeu os prêmios Qualidade Brasil como melhor ator por Baque e o Kikito de melhor ator coadjuvante em Gramado por Querido Estranho. Dirigiu Nicete Bruno e Paulo Goulart no espetáculo O Homem Inesperado, de  Yasmina Reza.

O diretor e roteirista de cinema Gustavo Acioli dirigiu o longa-metragem Incuráveis, com Dira Paes e Fernando Eiras, e os curtas Cão guia, Numa noite qualquer, Nada a declarar e Mora na filosofia. Com especialização em direção de atores, desenvolve trabalho de preparação de elenco e coaching em seu próprio estúdio, no Rio de Janeiro.

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