Enquanto no Brasil a quarta-feira é cinza e pede recuperação, em Paris o Festival (des)illusions está só começando – e com uma parceria franco-brasileira como carro-chefe da abertura.
O diretor francês Thomas Quillardet recorreu à dramaturgia (aqui na forma de vários textos) de Márcio Abreu, fundador da Cia. Brasileira de Teatro e colecionador dos maior prêmios de teatro nos últimos anos, para trazer “A História do Rock segundo Raphaèle Bouchard” (L’HISTOIRE DU ROCK PAR RAPHAÈLE BOUCHARD) ao palco do Teatro Monfort.
O espetáculo é escrito como anotações em post-it de uma época na qual um gênero musical acompanhou a loucura e audácia de uma revolução cultural. Entre documentário e ficção, a anedota pessoal da protagonista se aproxima da história universal. Raphaèle Bouchard – 30 anos, atriz – mergulha em uma tortuosa e sulfúrica história que passa por Elvis Presley, Janis Joplin, Bob Dylan, Lou Reed, Jimi Hendrix e Led Zeppelin. Sessenta anos de música passam através dela e alteram sua vida (como também foram alteradas as nossas).
A peça segue em cartaz até o dia 26, de quarta à domingo, dentro deste festival que acontece exclusivamente no Monfort e reúne dança, teatro, circo e magia.