O Rio de Janeiro todo já ouviu falar de Moreno (o filho de Caetano), Kassin e seus projetos musicais que somam outros músicos – os populares “sufixos” +1 e +2. Mas, crescendo junto com estes, existe um amplo panorama musical independente de gente jovem que surpreende pela proficiência e variedade instrumental.
A banda Tono
A começar pelas terças-feiras de sintetizadores experimentais do Rabotnik, que o TEMPO já conferiu e aposta suas fichas. Outros fenômenos recentes são as bandas Tono e Letuce, ambas compostas por ex-integrantes da antiga banda Binário (assim como o Rabotnik) e somados às vozes femininas de Ana Cláudia e Letícia Novaes, respectivamente. Colocamos abaixo o clipe que o Letuce acaba de lançar.
Ainda em se tratando de dissidentes do Binário, Fábio Lima integra o Abayomy Afrobeat Orquestra, que se firma como a primeira banda Afrobeat do Brasil. Donatinho, Benjão e Guarnizé (com sua incrível percussão) são alguns dos outros membros desse arranjo. Em tempo, a banda toca no Oi Futuro Ipanema hoje (26/3), amanhã e domingo, às 21h.
Acompanhando esse movimento vêm os espaços para a performance e experimentação dos grupos, como os dias de semana no Pista 3 e o Morfina, que acontece às segundas no 00. No Pista, as terças de Rabotnik tornar-se-ão quartas-feiras a partir de 7 de abril, alternando semanas com o já estabelecido (e ótimo) Paraphernalia. E com estas noites de experimentos sempre vêm os convidados mais sensacionais, como Arto Lindsay, que segundo falam por aí será o “star guest” do próximo dia 7.
Dentre todos os prazeres do som criado por estes grupos, o maior é o feeling intimista das apresentações: poucas pessoas – fãs e amigos, em sua maioria – e liberdade para se expressar como quiser ao som de algo exclusivo, além de poder tomar uma cerveja com os artistas e participar desse pacto musical. Não tem preço e, por enquanto, é bem barato.