TRADUZIR

NEVA NO MEU CAMINHO – POR CELSO CURI

O escritor Celso Curi, que traduziu o texto de Guillermo Calderon, Neva, que será publicado no dia 27 de maio, no Espaço Cultural Sergio Porto,  concedeu ao Tempo Contínuo um depoimento sobre a sua relação com a obra chilena:

Quando assisti Neva, de Guillermo Calderón, durante o festival de artes cênicas Santiago A Mil, no Chile, fiquei absolutamente tocado pela beleza da obra e, pra falar a verdade, pela primeira vez, nesses mais de quarenta anos de profissão, fiquei tão mexido que precisava fazer alguma coisa com aquilo que tinha visto.

Voltei ao Brasil e esse pensamento não me abandonava até que ideia de traduzir Neva para o português passou pela minha cabeça. Escrevi para o Guillermo – incentivado por Carmen Romero, uma das responsáveis pelo festival chileno Santiago A Mil –  e perguntei, muito humildemente, se ele tinha interesse que eu fizesse a tradução. Para minha surpresa, ele me respondeu que sim.

Os dias que se seguiram ao sim do Calderón foram de grande prazer, alegria e pânico. Queria imprimir nessa tradução, toda a emoção e humor contidos no texto. Fiquei grudado no computador e só parei assim que a primeira versão ficou pronta. Só então eu acalmei e pude fazer os ajustes necessários para aproximar a tradução o mais possível do seu belo original.

Depois de terminado o trabalho, o próprio Guillermo o indicou a minha tradução para fazer parte da coleção de Dramaturgia idealizada por Cacilda Povoas, Héctor Briones  e Luis Alberto Allonso, publicada pela EDUFBA – Editora da Universidade Federal da Bahia.

Categorias: Notícias. Tags: 2° TEMPO_2010, Celso Curi, Guillermo Calderón e Neva.