“O que não é teatro o define ainda”. É assim que o professor de sociologia política em Nanterre (França) e no Centro de estudos teatrais da universidade de Louvain-la-Neuve (Bélgica) Emmanoel Wallon define o teatro hoje. Em sua palestra, no dia 18 de Dezembro, o convidado internacional do TEMPO irá falar um pouco mais a respeito dos desafios e das características do Teatro de nosso tempo.
Wallon é uma figura internacional que percorre o mundo ministrando disciplinas, organizando encontros e apresentando palestras sobre assuntos dos mais diversos. Já esteve em Nova York, Toquio, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), dentre outros lugares. Dos eventos organizados pelo professor, destaca-se o colóquio internacional O impacto da vanguarda americana na Europa e a questão da performance, ocorrido em Janeiro de 2008, em que, durante três dias, um conjunto de críticos, pensadores e artistas discutiram as influências que a vanguarda americana exerceu na produção artística européia. Um dos eixos do colóquio era a renovação, operada pela vanguarda americana, do pensamento do teatro por meio da noção e da prática da performance art.
Agora é a vez do Brasil ouvir o que Wallon tem a dizer sobre o teatro hoje! Para aqueles que se interessaram por Wallon, destacamos aqui mais um comentário do autor: o teatro sobrevive enquanto atividade, se não “essencial” pelo menos “necessária”, pois ele está fora das telas e também porque ele se situa “no espaço vazio que lhe deixa a cidade: está entre as peças, entre a engrenagem da máquina, e é isto que permite que ela funcione”. O teatro seria aquilo que sempre se safa pelos interstícios e que sobrevive graças a sua “astúcia”.
Aproveitem a presença de Emmanoel Wallon no TEMPO, pois o autor ainda não foi publicado no Brasil!