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ARTE E CONTEMPORANEIDADE: DIÁLOGOS E DESAFIOS

Quais são os desafios, as relações e as questões que a contemporaneidade coloca para a produção artística hoje? Como a Literatura, a Música, o Teatro e o Cinema são possíveis no tempo presente? Quais são os agenciamentos possíveis entre estes campos artísticos? Como o Teatro encontra a Literatura? De que maneira o Cinema se relaciona com a Música? De que forma o nosso TEMPO, marcado pela interatividade da internet e pelo incessante fluxo de pessoas, informações, afetos e imagens, se manifesta nas produções artísticas do Teatro, do Cinema, da Música e da Literatura?

Todas estas perguntam formam o horizonte a partir do qual a mesa ARTE E CONTEMPORANEIDADE irá se dar. No dia 17 de Dezembro, às 20:30 a pesquisadora e escritora Heloísa Buarque de Holanda, o crítico de arte Paulo Sérgio Duarte, o crítico de cinema Pedro Butcher e a diretora de teatro Cristiane Jatahy tem um encontro marcado para discutir essas e outras questões  da arte hoje. Por que Heloísa, Pedro, Cristiane e Paulo para discutir arte e contemporaneidade? Talvez ajude uma breve descrição da trajetória destas personalidades:

Heloisa Buarque de Hollanda é professora da Escola de Comunicação da UFRJ, coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ) e da Biblioteca Virtual de Estudos Culturais (Prossiga/CNPq) e diretora da Aeroplano Editora Consultoria Ltda. Já publicou inúmeros artigos e livros sobre os mais variados temas, dentre os quais destaca-se Asdrubal Trouxe o Trambone, na qual a professora registra o processo artístico do grupo teatral formado por Regina Casé, Luis Fernando Guimarães, Hamilton Vaz Pereira, entre outros. Heloisa já publicou uma antologia da poesia marginal dos anos 70 e também realizou a curadoria de exposições, como a Blook, no Oi Futuro, cujo título nasce da junção de Book e Blog, na qual a internet foi a base para a curadora buscar novas possibilidades literárias.

A diretora e dramaturga Christiane Jatahy fundou a Companhia Vértice de Teatro. Seus espetáculos apresentam, sempre de uma forma bem inteligente e apurada, um questionamento a respeito dos limites e as fronteiras entre o real e o ficcional. Este é o caso, por exemplo, de A falta que nos move – Todas as histórias são ficção, ou ainda do seu espetáculo mais recente, Corte Seco, em cartaz no Teatro Sergio Porto. Jatahy também mantém uma fértil parceria com o dramaturgo espanhol José Sanchis Sinisterra, constatada pelo espetáculo Leitor por Horas, escrito por Sinisterra e dirigido por ela, ou ainda nas peças do dramaturgo em que Jatahy atuou como ÑaquePiolhos e Atores (1991),  Ay, Carmela (1993) e Perdida nos Apalaches (1997). A falta que nos move não ficou restrita ao universo teatral. Jatahy a transformou em filme, apresentado no Festival do Rio de Janeiro em 2009.

Paulo Sérgio Duarte é crítico, professor e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Candido Mendes no Rio de Janeiro. Foi curador da 5ª Bienal do Mercosul, em 2005, autor de Anos 60 – Transformações da Arte no Brasil (Campos Gerais, 1998) e Waltercio Caldas (Cosac Naify, 2003), entre outros livros. Em 2009, Paulo Sergio Duarte organizou o livro Arte Contemporanea: um prelúdio, em que são apresentadas as obras e as trajetórias de 77 artistas brasileiros escolhidos pelo crítico. Um DVD dirigido por Murilo Salles acompanha a publicação, mostrando imagens e vídeos de alguns artistas. Arte Contemporanea: um prelúdio já é considerado uma referência indispensável aos estudantes e amantes de Arte Contemporânea.

Pedro Butcher é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escreveu para o Jornal do Brasil entre 1994 e 2000, como repórter da área cultural e crítico de cinema. Passou ainda pelas redações do jornal O Globo e da revista Veja Rio. É autor dos livros “Abril despedaçado – História de um filme” (Companhia das Letras, 2001), “Cinema – Desenvolvimento e Mercado” (Aeroplano/BNDES, 2003) e “Cinema Brasileiro Hoje” (Publifolha, 2005). Em 2006, concluiu mestrado pela UFRJ, sob orientação da professora Consuelo Lins, com a dissertação “A dona da história – Origens da Globo Filmes e seu impacto no audiovisual brasileiro”. Participou do júri da crítica internacional (Fipresci) dos festivais de Mar Del Plata (1999), Cannes (2006) e Veneza (2007). Atualmente, é colaborador do jornal Folha de S. Paulo e edita o portal Filme B, especializado em dados e análises do mercado de cinema no Brasil.

Categorias: Notícias. Tags: 1° TEMPO_2009, Christiane Jatahy, Desafios do Tempo, Filosofia, Literatura, Palestra, Paulo Sergio Duarte, Pedro Bucther e Viviane Mosé.