Começou ontem (6 de fevereiro) a exposição coletiva Abre Alas, em sua sexta edição, na galeria A Gentil Carioca. A intenção da exposição tudo tem a ver com TEMPO Festival: são portfólios enviados à galeria e selecionados por Ernesto Neto, Laura Lima e Marcio Botner para integrar a coletiva de novos (ou nem tão novos assim) talentos. A idéia cria espaço para quem quer começar (e bem).
Nesta edição tem entre seus destaques o Coletivo Filé de Peixe que – na virada cultural e no último Noites Cariocas – apareceu com seus Piratões, DVDs com vídeo-arte do Brasil e do mundo gravados artesanalmente e vendidos por um preço mais que razoável: 1 por R$5, 3 por R$10.
Outro pequeno notável é André Amaral, que traz sua escultura de açúcar no formato de um crânio que, durante o vídeo, é submerso e se desintegra aos poucos, em um efeito do tempo sobre o material de trabalho.
O artista Elvis Almeida também desponta com suas pinturas que entre quadrinhos, desenhos e imagens da mídia, como bem descreve o crítico de arte e curador Fernando Cocchierale:
“Atraído por imagens íntimas, privadas e públicas do cotidiano citadino, Elvis apropria-se da abundante oferta de imagens na mídia impressa ou eletrônica. Reinterpreta-as por meio do desenho e da pintura para criar, por meio do sequenciamento de cenas, fragmentos de narrativas extraídas de um todo imaginário sem começo ou fim, ao qual aderiu. Tal como nas HQ, no cinema e no vídeo, ele produz imagens que, sem serem explicitamente fotográficas, guardam um compromisso estreito com a fotografia. Essas imagens evocam um realismo de tipo jornalístico comum, tanto nas fotos invasivas e indiscretas tiradas por papparazzi, quanto nas páginas policiais que temperam a curiosidade popular. Imerso na trama que ajuda a tecer com seu próprio trabalho, Elvis é uma das boas promessas da nova geração de artistas cariocas.”