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TRANÇAS E RETRATOS DA ARTE-TEMPO-VIDA DE FERNANDO EIRAS

A seguir transcrições da retrato-performance  do ator Fernando Eiras,  homenageado no primeiro dia do primeiro TEMPO_FESTIVAL,  devido à trança que o artista constrói entre a arte, o tempo e a vida:

Eu acredito no grande amor.

Eu vi a Bibi ferreira falando isso e pensei:

gente se a Bibi está falando isso,

quem sou eu pra questionar?

Julia Lemmertz sobre a Liberdade-para-dentro:

tudo pode acontecer dentro de você e a janela são os olhos.

Ivan de Albuquerque e Rubens Correa foram meus professores.

Escolha tem a ver com intuições. Eu sou peixes.

Emílio de Mello:  a vida é uma escola de perdas.

Eu sempre sonhei em fazer um musical.

Teatro é o local do invisível.

Eu fui fazer teatro para poder me relacionar. Eu poderia ter sido cantor. Eu tinha tudo preparado para mim. Eu sabia que poderia me isolar na música, mas o teatro te põe na boca do mundo, te põe o outro. Você enfrenta o outro.

Eu sempre acho que tudo pode acontecer.

A minha fé vem do outro.

Se eu valido a criatura que está ali,

e se ela me permite, eu vou.

Aos poucos, fui me tornando possível.

Os silêncios são espamos onde os atores aparecem.

Sobre a carreira de ator:  fui começando com a angústia e me tornei possível.

Julia Lemmertz para Eiras:  o tempo passa a mão em você.

Eiras sobre o trabalho de Lemmertz em Do Começo Ao Fim : o seu trabalho é uma pequena coisa gentil, é tão bonito.

Há mais coisas entre o céu e a terra… pero que los hay, los hay!

Sobre si:  somos muitos aqui.

O problema é quando você vai tirar férias e depois vem chegando um a um.

Sobre a relação com o público ao longo da carreira:  antes eu queria ser amado, agora faço meu trabalho.

Ziembinski sobre Eiras:  “Você tem que fazer teatro. Já está tudo aí, mas você é um ator que vai fazer uma história com o tempo, com ele você vai se tornar o que quer ser. Você escolheu a segunda parte da vida”.

Viviane Mosé a partir do comentário de Ziembinski: você possui um namoro com o tempo.

Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

A Clara Nunes é um caso incrível de transfiguração do artista. […] Com o tempo, a Clara se transfigurou na figura que ela descobriu que ela tinha dentro dela.

Categorias: Notícias. Tags: 1° TEMPO_2009, Fernando Eiras, Palestra, Teatro e Viviane Mosé.