O que é Padox?
O outro e o eu.
O velho e o bebê.
O estranho e o íntimo.
“Padox na cidade” (“Padox dans la cité”) trata de um personagem que abandona o palco. A ideia foi não limitar a vida deste surpreendente personagem à caixa preta de um teatro: o grupo pediu à Gérard Lepinois que imaginasse como Padox poderia fugir da noite teatral e atuar sob a luz do sol, na rua. Ele é de tamanho humano e age como parte da multidão. Ele, em si, é uma multidão: durante a intervenção urbana, serão vinte Padox, todos iguais, dirigidos por Dominique Houdart. Eles habitarão a rua, desviar-la-ão, deslocar-la-ão, provocando uma atenção diferente ao espaço urbano.
Padox é portanto um olhar que observa a cidade, a sociedade, o indivíduo. Um ser “naif”, que vem de fora, sem referências, que tem a ternura, o afeto e o humor como diálogo. Os Padox falam do indivíduo e do coletivo. Remetem-nos a nós mesmos e ao outro. São a imagem do homem universal.
A Compagnie Houdart-Heuclin foi criada em 1964 e rapidamente especializou-se no uso do “objeto como símbolo”, da forma animada (que se torna extensão do ator) e do sujeito servindo o texto, instrumento da celebração teatral. A companhia experimenta diferentes técnicas de manipulação, de acordo com a necessidade de cada espetáculo.
www.compagnie-houdart-Heuclin.fr