Dezembro começou e, com ele, o TEMPO_FESTIVAL comemora um ano de existência. Motivos para comemorar não faltam: foram duas edições do Festival acompanhadas continuamente pelo site que, semanalmente, cumpriu o compromisso de trazer informações novas a respeito das inúmeras possibilidades de criação artística, no Brasil e no Mundo.
Parece piegas, mas é verdade: aos poucos, o que era apenas uma proposta, foi se tornando realidade, graças à colaboração de artistas e especialistas das mais variadas áreas, que nos enviaram fotos, vídeos, textos e opiniões para formar esse Banco Criativo de Dados voltado para as diversas abordagens e perspectivas dos processos artísticos. A todos, nossos sinceros agradecimentos.
E avisamos, não vamos parar por aqui. 2011 está batendo na porta e, com o novo ano, novas edições do TEMPO_FESTIVAL acompanhadas de mais notícias sobre as múltiplas facetas da cena contemporânea.
Enquanto a terceira edição do evento não chega, nós aqui propomos para o próximo bimestre um novo tema: a rua. “Por que a rua?”, você deve estar se perguntando agora.
Porque é lá que muitos artistas tratam de realizar suas investigações, tratando de ampliar o campo de atuação de seus experimentos criativos. Ensaio Circuito #3, intervenção urbana de Amilcar Packer realizada na Cinelândia, por exemplo, incluiu transeuntes e pedestres, de modo que todos se tornaram participadores (como definiu Helio Oiticica) da performance. A rua é também o palco de espetáculos teatrais, como é o caso de Quem não sabe mais quem é, o que é e onde está, precisa se mexer, dirigido por Georgette Fadel, e Helena pede perdão e é esbofeteada, sob a direção de João Otávio, que ocuparam locais históricos da Cidade Maravilhosa durante o 2 TEMPO_FESTIVAL.
Os três exemplos enquadram-se naquilo que pode ser chamado de Arte Urbana, ou Street Art, manifestação artística que, nos últimos tempos, tem ganhado notoriedade por parte do público e da crítica. Prova disso é o sucesso da Pixação Paulista, que que esteve exposta na 29 Bienal de São Paulo (após a polêmica da edição anterior) e na Fondation Cartier, em Paris, na exposição Né dans la Rue. Fotos de pixações paulistas, produzidas por Choque, compõem a nossa Galeria neste mês.
Na Inglaterra, o sucesso das intervenções do inglês Banksy comprova que a tendência é mundial, como pôde ser atestado por meio do boca-a-boca que seu documentário Exit Trhough the Exit Shop produziu por aí.
Nas próximas semanas, mais intervenções urbanas. Por enquanto, convidamos vocês a comemorar conosco, assistindo à mais uma entrevista inédita na TVTEMPO, realizada com Enrique Diaz, do Coletivo Improviso. O diretor de OTRO fala um pouco sobre as temporadas européia e japonesa do espetáculo, patrocínio afetivo e, naturalmente, sobre o TEMPO.