Dulce (e a repetição como estética) from Tempo Festival on Vimeo.
Poderíamos dizer que a razão de ser do espetáculo Dulce são os encontros.
Encontro Inaugural: Quem for conferir (nos dias as duas apresentações do grupo no SESC Copacabana (Bar) irá perceber dois sotaques distintos: de um lado, uma fluência carioca; de outro uma fala de ritmo lusitano. Isto porque Dulce é o resultado do encontro entre os atores portugueses Flávia Gusmão e Nuno Gil e os atores brasileiros Michel Blois e Thiare Maia. Os quatro atores dividem a cena e a investigação deste espetáculo, na pele de dois casais que se juntam para celebrar as angústias humanas.
Encontro com o público, Primeiro Tempo: Fruto de uma residência artística promovida pelo Tempo_Festival, Dulce teve seu primeiro encontro com o público em dezembro de 2009, em que portugueses e brasileiros sentaram-se em uma mesa de jantar e ofereceram aos espectadores uma refeição onde os mais ocultos ressentimentos e amarguras da alma humana foram oferecidos como prato principal. A ocasião ainda foi temperada com questionamentos acerca de assuntos como a existência, o amor, as relações familiares, Deus, a morte, entre outras especiarias existenciais.
O reencontro: o jantar preparado por Blois, Gil, Maia e Gusmão durante cinco meses será oferecido ao público agora neste Segundo_Tempo.
Dulce se desenvolve numa mesa de jantar de um dia qualquer (mas não tão qualquer) onde ocorre o encontro de dois casais amigos, expondo toda a fragilidade, cumplicidade e deterioração entre as relações humanas. Intimidades, desejos e pulsões são expostos ora em carne viva, ora sutilmente e ora pela ausência de palavras, movendo essas quatro pessoas numa trilha crescente e repleta de reincidências que deslocam o tempo da ação. Inspirados na própria peça, produzimos este vídeo com os quatro atores, na busca por questões pertinentes ao processo, à cena e à realidade pessoal de cada um, utilizando um ou dois truques que aprendemos nesta residência.