A participação da performer e coreógrafa Antonia Baehr no 2º TEMPO_FESTIVAL vem em dose quádrupla: instalação, filme, oficina e performance. Não poderia ser diferente para uma artista que desenvolve um trabalho transdisciplinar, apostando na colaboração e na parceria como motores de seus processos artísticos.
Nascida na Alemanha, Baehr foi a Chicago, mais especificamente a School of The Art Institute of Chicago, onde completou o seu mestrado sob orientação da co-fundadora dos grupos de performance Goat Island e Every house has a door, Lin Hixson. Atualmente, a artista alemã mora em sua terra natal, onde divide seu tempo entre as atividades do grupo ex machinis, fundado por ela, e outros projetos artísticos inusitados.
Um deles é a performance Laugh, em que Baehr está no palco e ri sem motivos aparentes. As variações de suas risadas ao longo da performance são explicadas pela artista, para quem o riso não está obrigatoriamente associado a algo engraçado. O riso aparece em diversas circunstâncias, havendo, por exemplo, o riso-raivoso, o riso-zombeteiro, o riso-medroso, entre outros. Baehr começou a observar as diferentes tonalidades do riso em 2008, quando alguns amigos e familiares, ao serem perguntados qual eram suas impressões da artista, responderam-na: “aquela que ri”. Ela então pediu a todos que lhe dessem de aniversário presentes relacionados ao riso: alguns deram suas gargalhadas gravadas, outros deram livros e desenhos. Em seguida, Baehr realizou um workshop com pessoas muito sorridentes, para praticar com quem entende do assunto.
Um desdobramento de sua pesquisa é a oficina que a coreógrafa irá realizar no TEMPO_FESTIVAL. Aberta ao público, Baehr, ao lado de Valérie Castan e Lindy Annis, utiliza o riso como ponto de partida para uma pesquisa coreográfica e musical que procura observar as modalidades de construções psicológicas, anatômicas e mecânicas do riso.
Será que o público acha engraçado. Baehr responde: “o riso é contagioso, então a audiência pode se contaminar, mas o objetivo não fazer as pessoas rirem. Se eles estão em silêncio, tudo bem. É sinal de que eles estão ouvindo.”
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